Ana Édi

Tudo começou em um cenário nada romântico: uma pandemia, uma reunião de vídeo, e uma apresentação de duas pessoas que, em um mundo ideal, talvez nunca tivessem se esbarrado. Ana, recém-chegada, cheia de novidades – nova cidade, novo estado, nova profissão. Edinaldo, advogado experiente, já confortável no seu habitat natural, o mundo da infraestrutura. O destino, ou o que quer que queiramos dizer que foi, fez com que se conhecessem. E ali nasceu… uma bela história de “implicância”.

Por mais de um ano e meio, a troca de olhares, e-mails, mensagens (quando respondidas) não eram de amor, mas de quem está só esperando a próxima oportunidade de discordar, implicar ou dar aquela boa resposta ácida. Por inúmeras vezes a noiva tentou não mais ter contato com o noivo, mas no mundo profissional, isso não é uma opção.

Se alguém dissesse naquele momento que um dia estariam aqui, casando, os dois provavelmente ririam e fariam piada. Afinal, naquela época, isso nem passaria pela cabeça em seus sonhos mais malucos, ambos tinham outros planos e outras certezas que, como a vida gosta de provar, não eram tão certezas assim.

Mas o destino, esse roteirista criativo, foi mexendo os pauzinhos. A implicância virou parceria, a parceria virou amizade, e, sem que percebessem, o destino os colocou na mesma página. O que antes parecia impossível, de repente, fazia todo o sentido.

Hoje, Ana segue destemida, louca por aventuras e experiências exóticas, que as vezes colocam o noivo em situações não tão confortáveis. Edinaldo, segue buscando paz, uma cerveja gelada, em seu quiosque favorito o 51 de Vasco na Avenida Boa Viagem, sem sofrimento (o que, convenhamos, já é pedir demais, diz a noiva).

Mas, entre eles, há algo maior que qualquer diferença de personalidade: muito amor, cumplicidade, muitaadmiração e uma vontade inabalável de viver felizes juntos para sempre!